A sustentabilidade é um tema-chave na escola. Tanto dentro da sala de aula como na mudança dos hábitos em casa, ensinar os alunos a questionar seu consumo e priorizar o coletivo é uma estratégia educacional para o futuro.
A UNESCO define a educação voltada para a sustentabilidade como um esforço que “irá incentivar mudanças de comportamento que virão a gerar um futuro mais sustentável em termos da integridade ambiental, da viabilidade econômica e de uma sociedade justa para as gerações presentes e futuras”.
Para essas mudanças, é essencial colocar em diálogo temas como preservação do meio ambiente, cidadania, desigualdades e consumo desenfreado.
A educação socioambiental faz parte das diretrizes determinadas pela Base Nacional Comum Curricular. Esse documento, que norteia os objetivos na educação básica no Brasil, inclui o desenvolvimento de habilidades como a EF09CI13, a qual envolve propor iniciativas individuais e coletivas para a solução de problemas ambientais da cidade ou da comunidade, com base na análise de ações de consumo consciente e de sustentabilidade bem-sucedidas.
Mas a temática da sustentabilidade está além de disciplinas específicas. Ela parte do cotidiano dos alunos em todos os segmentos escolares e deve ser abordada por várias vertentes educacionais.
A missão educacional do IASC visa formar cidadãos comprometidos na construção de uma sociedade sustentável, justa e solidária. Para que isso seja possível, é importante dividir conhecimentos, informações e estratégias. Dessa forma, os alunos podem colocar em prática, de forma ativa e engajada, a busca por uma vida mais sustentável.
A equipe didática está sempre inserindo diálogos sobre sustentabilidade nos planos de aula, nas regras da escola e em projetos pedagógicos a longo prazo, como forma de educar e aprender com os alunos sobre as demandas de hoje para o futuro.
Existem diferentes formas de abordar o conteúdo durante as aulas. Everton Lima, coordenador do Ensino Médio, aponta para o material didático como um grande agente nesse diálogo desde o Ensino Fundamental.
Ele também frisa a importância da multidisciplinaridade e do início precoce. “Na área de geografia, ciências, biologia, química e física, sempre caminha para este sentido”, diz. “Aparece muito a questão do lixo e a questão do desmatamento, de agrotóxicos. Então essas são temáticas recorrentes desde o sexto ano”.
Também vale recorrer a técnicas mais cotidianas e levar a sustentabilidade para a realidade dos alunos. Everton conta que, durante o ensino remoto, os alunos nas aulas de biologia tiveram oportunidade de aprender sobre composteiras domésticas e hortas verticais.
Nesse sentido, a aula ajuda o aluno a enxergar pequenas mudanças que pode fazer em casa, para levar uma vida mais condizente com o projeto de futuro que ele quer vivenciar no mundo.
Algumas estratégias já são implementadas no ambiente escolar. Everton explica que medidas como redução de lixo e reciclagem de materiais estão presentes na escola.
"Nossa gincana, que acontece a cada dois anos, se chama gincana da solidariedade”, ressalta o coordenador. “Entre as provas está a coleta de garrafas PET, latas de alumínio e materiais recicláveis em geral. E as equipes têm que recolher o máximo desse material e destinar ao lugar certo”, conta.
Esses lugares são ONGs que se encarregam do reaproveitamento e da reciclagem do material. Uma das parcerias é com a Associação Gota de Óleo. Iniciada com a proposta de reutilizar óleo de cozinha para produzir sabão, hoje produz novos materiais com resíduos de plástico e metal, como varais de roupas e outros itens domésticos.
Everton conta que o IASC já tem uma parceria com as instituições durante a gincana, mas que, ao longo do ano, elas fazem recolhimento de materiais no campus, o que diminui a chamada Pegada Ecológica do colégio. Também há uma preocupação em não oferecer aos alunos e funcionários copos plásticos e outros itens descartáveis, a fim de diminuir a produção de lixo.
Há projetos futuros em andamento, a exemplo de laboratórios de tingimento natural e estamparia com botânica. Ainda há muito espaço para dialogar sobre sustentabilidade dentro da escola.
Everton acredita que os alunos contemporâneos têm um grande envolvimento e preocupação com a sustentabilidade, o que torna o processo mais produtivo. “Eles pensam sobre isso o tempo inteiro, sobre seu papel para uma sociedade mais sustentável. Os alunos estão inseridos nessa conversa”, conclui.
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