Incentivar as crianças a aprender inglês desde cedo é uma forma de tornar o bilinguismo mais acessível e parte de sua formação como alunos e cidadãos.
A Base Nacional Curricular Comum prevê que, no Ensino Fundamental, os alunos sejam capazes de ter “visão intercultural e ‘desterritorializada’ da língua inglesa – que, em seus usos, sofre transformações oriundas das identidades plurais de seus falantes –, consideraram-se também as práticas sociais do mundo digital, com ênfase em multiletramentos”.
Já para os egressos do Ensino Médio, a BNCC foca não só na multiculturalidade do idioma, mas tem como objetivo “expandir os repertórios linguísticos, multissemióticos e culturais dos estudantes, possibilitando o desenvolvimento de maior consciência e reflexão críticas das funções e usos do inglês na sociedade contemporânea”.
Essas mudanças nas diretrizes educacionais levam em conta não só o importante aprendizado de gramática e oralidade, mas também da utilidade de ser fluente em inglês, tanto para atividades pessoais quanto profissionais.
O IASC acredita que a missão educacional é formar alunos cientes do conhecimento acadêmico e preparados para exercerem sua cidadania em prol de um mundo melhor. Pensando nisso, a inserção curricular do inglês está focada na fluência.
Para que consigam atingir uma fluência adequada, é importante que a prática de inglês seja feita não só durante as aulas, mas diariamente na rotina dos alunos. Isso significa exercer atividades além de prestar atenção às aulas, estudar e fazer as tarefas.
É importante também fazer imersões no idioma para desenvolver vocabulário, ter maior contato com as regras de gramática e se sentir mais autoconfiante para aprender.
A professora Carolina Berdague, que ensina inglês no IASC, explica que somente usar o inglês em aula não auxilia tanto a prática.
“Para você conseguir fluência em um idioma, o ideal é que você o insira na sua vida o máximo possível, que tenha contato com ele todos os dias”, diz ela.
Como o inglês é um idioma bem diferente de nossa língua materna e exige repetição e imersão, ela aconselha inserir conteúdos diferentes. “Isso se faz por meio de músicas, de filmes, de leituras, etc.”, comenta a professora.
"Quando você assiste a uma série que você gosta em inglês”, continua, “você está associando a língua nova que você está aprendendo com algo agradável para você”.
“Existem técnicas que podem ser acrescentadas no dia a dia”, afirma Carolina. Uma mudança simples que cita é alterar o idioma dos aparelhos eletrônicos para o inglês.
“Isso vai trazer o inglês para o seu dia de uma forma sutil e você vai se acostumar com aquilo”, explica ela. “Depois de um tempo, você está pensando em outro idioma e isso ajuda também na rapidez de raciocínio, de troca entre um idioma e outro”.
Essa fluidez é o que ajuda os alunos a falar e compreender melhor a língua.
Carolina acredita que nunca é cedo demais para começar a levar o inglês para casa. “O conteúdo em inglês deve ser inserido na rotina da pessoa desde o início, porque quanto mais contato você tem, mais fácil fixa e menos você esquece”.
"Então a ideia”, ressalta ela, “é tornar o inglês parte do seu dia a dia desde a primeira aula, afinal, você já aprende conteúdo na sua primeira aula, então você consegue praticar aquilo que você já aprendeu”.
Para as famílias ajudarem os alunos nesse processo, vale usar o idioma para falar de coisas do cotidiano. Durante viagens de carro, por exemplo, tentar descrever as cores da paisagem. Durante o preparo das refeições, listar os alimentos em inglês. Praticar as palavras corretas para os animais. São muitas as possibilidades de dialogar de forma lúdica enquanto aprende.
Carolina indica o uso de filmes, séries e livros no inglês para praticar. De acordo com o nível, ela recomenda aproveitar a hora de lazer para aprender vocabulário novo e expandir os conhecimentos.
“Uma estratégia muito legal para praticar o idioma são as músicas internacionais”, aponta a professora. Ela explica que incentiva seus alunos a usarem músicas porque são textos curtos e que podem ser repetidos.
“Primeiro você deve pegar a música e tentar identificar a letra dela apenas no inglês. Depois você tenta traduzir essa música e, por último, você busca o que você não conseguiu entender”.
Essa simples atividade tem benefícios diferentes para a fluência. “Além de você fazer um esforço de adquirir vocabulário novo, isso ajuda muito na compreensão auditiva”.
A professora acredita que, com o tempo, essa inserção do idioma no consumo cultural e na rotina faz toda a diferença ao aprender inglês.
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