A colaboração de todos faz muita diferença em sala de aula, seja ela presencial, virtual ou híbrida. Além de fatores como didática do plano de aula e engajamento da turma, a conexão entre professor e aluno é fundamental no processo educacional.
Dentro da proposta pedagógica do IASC está a valorização da aprendizagem ativa , ou seja, impactar o aluno para que ele tenha uma postura de agente em sala de aula, compreendendo o conteúdo e também se envolvendo na forma do aprendizado em si.
Para que isso ocorra, é necessário que o aluno tenha em seu repertório processos cognitivos como questionar, debater, analisar, pesquisar, entre outros. O papel do professor, nessa configuração de aula, é instigar os alunos e abrir espaço para a difusão de conhecimento.
Esse trabalho exige, portanto, uma conexão muito proveitosa entre aluno e professor, para que ambas as partes se sintam determinadas a criar esse ambiente produtivo de aprendizagem.
A professora Andreia Oliveira, do Ensino Fundamental na Unidade IASC Irmãs Vieira, reflete sobre o que deve ser o professor em sala: “Na minha turma tem 14 alunos. Trabalhamos com afetividade mesmo, eu proporciono para eles segurança e confiança em mim. Temos a liberdade de trocar experiências durante as aulas, de conversar”, conta.
É claro que o papel do professor, de acordo com ela, é de facilitar essa construção de vínculos. “No começo, os alunos ficam meio tímidos”, diz Andreia. “Porque nunca havíamos trabalhado juntos, eles não me conheciam. Mas agora eu os sinto bem confiantes, bem à vontade para conversar, para falar”, ressalta.
Ela acredita que as relações podem ir além do esperado em sala de aula. “Eles chegam com dúvidas e também contam da vida deles, como o que fizeram no final de semana.” Andreia destaca que sair do tradicional foi a forma que ela encontrou de se conectar com os seus alunos. “Faço uma aula bem dinâmica, brincamos, conversamos muito. Assim, vamos criando esse vínculo”, completa a professora.
Investir em um diálogo positivo com os alunos também é a estratégia do professor Eduardo Viana Baião, que leciona matemática no Fundamental II. Com 15 anos na carreira na educação, ele comenta que encontrou seu modo de ensino com o tempo. “O que eu acho que é primordial nessa relação é o fato de você dar atenção, isso faz uma diferença enorme. Isso gera uma conexão entre professor e aluno que leva a um ambiente mais descontraído”, diz.
Não é uma estratégia simples, afinal “no primeiro momento, é muito comum eles sentirem aquele receio.” Mas, com um docente preparado para criar descontração, a leveza chega: “automaticamente o aluno vai se sentindo mais à vontade para compartilhar, não só as dúvidas, mas até coisas da vida dele mesmo”, conta.
Eduardo acredita na relação como muito importante para o desenvolvimento emocional do aluno. No contexto da escola, o professor pode ser um espelho, uma referência de adulto que pode ajudar. E sobre isso, o professor afirma que “tudo que você puder fazer para ajudar o adolescente , que esteja ao seu alcance, acredito que você tem que fazer”.
É claro que nem todos os alunos se sentem à vontade, muitos são mais tímidos. Eduardo explica que considerar a personalidade de cada um também é parte do processo. “Você precisa ir observando à distância, criando meios para se aproximar um pouco mais dele”, diz o professor. Quando o professor nota um problema, deve evitar o contato repentino para o aluno não se sentir retraído. “Precisa criar uma relação aos poucos, passando confiança, até para facilitar esse acesso do aluno ao professor”.
“A relação professor e aluno é de fundamental importância para o processo de ensino e aprendizagem”, explica Joelma Alves, mãe de alunos do IASC. Ela acompanha os estudos tanto da Unidade Irmãs Vieira quanto da principal, e aponta que “cabe a família ajudar e acompanhar o seu filho nesse processo. Entendo que a escola e a família devem caminhar juntas nesse movimento.”
Por ter filhos em diferentes segmentos escolares, ela nota mudanças nessa relação: “na medida em que eles vão crescendo, essa relação pode mudar de acordo com o professor e com o aluno que estão interagindo”, diz. “Então, a escola, na figura do professor, deve fazer acontecer esse processo com respeito a individualidade de cada um”. Já em relação aos alunos, ela acredita que é importante orientar os filhos para que cumpram seu papel na equação. “O aluno deve junto ao professor cumprir com esse relacionamento de respeito, confiança e amor”.
O ensino à distância, decorrente da pandemia, se mostrou um enorme desafio para profissionais da educação e estudantes. Além das preocupações rotineiras e relacionadas à saúde, a falta de contato com o ambiente escolar criou algumas dificuldades.
Andreia aponta que o ensino online no Fundamental I exige que crianças estejam muito atentas, autônomas e engajadas, mas que existem estratégias didáticas para contornar, incluindo abrir mais espaço para que eles participem das aulas e sigam regras de convivência, mesmo em casa.
“Nós estamos conseguindo atingir os objetivos por esse vínculo. Temos a confiança de conversar, de ter a liberdade de perguntar. É uma troca mesmo, eu aprendo muito com eles, nessa fase online, e eles comigo”, diz.
“Não ter o contato com o professor, não ter o contato com o colega , talvez seja mais relevante do que a deficiência de aprendizado que pode acontecer”, pondera Eduardo sobre a pandemia. “Até porque nós vivemos para estar em contato com o outro. Mesmo havendo conflitos e desentendimentos, aprendemos muito na convivência com o nosso próximo”.
A conexão entre professor e aluno é muito importante para os dois lados. “Eu sinto muita falta dos meus alunos e, muitas vezes, quando eu peço a eles para abrir a câmera, eu fico me segurando para não me emocionar, porque eu sinto muita falta deles”, comenta o professor. “E eu acredito que isso aconteça com eles também. Eles falam poxa, professor, eu nunca imaginei que ia sentir tanta falta da escola. Isso é bom, porque ao perder, começamos a pensar em analisar a importância que o outro tem para nós”, conclui.
Av. Conselheiro Luiz Viana, 790
Centro, Eunápolis - Bahia
Horário de funcionamento:
Segunda a sexta • 7h às 18h
Todos os direitos reservados | Desenvolvido por Sensatta