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O que muda com o Novo Ensino Médio?

Redação • nov. 10, 2020

O Novo Ensino Médio e sua implantação trazem algumas dúvidas para a comunidade escolar. Como está sendo feito o processo, quais mudanças surgirão no currículo, quais novidades estão previstas para a educação dos jovens? A reforma, aprovada em 2017, contempla mudanças e inovações pedagógicas e estruturais , mas quais são elas?

Quais são as principais mudanças?

A principal diferença do Novo Ensino Médio para o formato anterior é que as compreensões necessárias para uma formação completa dos alunos foram divididas em duas categorias, a Base Nacional Curricular Comum (BNCC) e os itinerários formativos, mais flexíveis, escolhidos por escolas e estudantes. 

O que é BNCC?

A Base Nacional Curricular Comum (BNCC) compreende as temáticas de disciplinas tradicionais do Ensino Médio e garante que todos os alunos sejam contemplados pelo currículo básico , que significa 60% da carga horária no Novo Ensino Médio . Ela é formada por:

I – língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas, também, a utilização das respectivas línguas maternas;

II – matemática;

III – conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil;

IV – arte, especialmente em suas expressões regionais, desenvolvendo as linguagens das artes visuais, da dança, da música e do teatro;

V – educação física , com prática facultativa ao estudante nos casos previstos em Lei;

VI – história do Brasil e do mundo, levando em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e europeia;

VII – história e cultura afro-brasileira e indígena, em especial nos estudos de arte e de literatura e história brasileiras;

VIII – sociologia e filosofia;

IX – língua inglesa, podendo ser oferecidas outras línguas estrangeiras, em caráter optativo,  preferencialmente o espanhol, de acordo com a disponibilidade da instituição ou rede de ensino (Resolução CNE/CEB nº 3/2018, Art. 11, § 4º).

Flexibilização do conteúdo

A segunda parte do currículo escolar é a parte mais flexível, formada pelos chamados Itinerários Formativos. Neste novo modelo, os alunos optam por uma formação mais específica a seus interesses, que compreende 40% da carga horária no Novo Ensino Médio .

Aqui, o aluno pode se aprofundar em cada uma das competências (Matemáticas e suas Tecnologias, Linguagens e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas), optando por disciplinas, grupos de estudo, laboratórios, projetos, clubes , oficinas e outras modalidades de unidade curricular que estarão disponíveis em cada rede de ensino.

Profissionalização e entrada no mercado de trabalho

A formação técnica e profissional também é uma possibilidade no novo currículo. Para alunos que buscam desenvolver uma formação profissional, há a possibilidade de dedicação de horas letivas para o desenvolvimento de habilidades para o mercado de trabalho , estágios e conclusão do Ensino Médio já com possibilidade de atuação profissional.

Aumento do tempo do estudante na escola

A carga horária também sofre alteração. A partir da implementação do Novo Ensino Médio , os estudantes terão obrigatoriamente 3000 horas letivas, divididas em 1000 anuais. Isso representa uma mudança em relação às 800 horas letivas anuais anteriores à reforma.

Ensino Fundamental

Vale ressaltar que o Ensino Médio não é o primeiro setor da educação a sofrer mudanças. O Ensino Fundamental, a partir de 2005, passou por uma reforma para que sua duração fosse ampliada para nove anos, assegurando que esta etapa importante da escolarização ficasse disponível para alunos a partir dos seis anos de idade.

Novo Ensino Médio na Bahia

O projeto de implantação do Novo Ensino Médio na Bahia visa com que todos os colégios reorientem seus programas a partir de 2021. As alterações, reiteradas pela Secretaria Estadual de Educação , estão sendo adicionadas aos currículos. Para o cumprimento das novas normas de carga horária, os colégios terão mais uma hora de aulas por dia no Ensino Médio.

Já em relação à nova matriz curricular, ela é norteada por alguns princípios, como os direitos humanos, a sustentabilidade, a pesquisa e a valorização do trabalho como educativo.

As escolas devem oferecer 600h de formação para cada série com as disciplinas da parte obrigatória da BNCC. Deverão ser implantadas também Unidades Curriculares que contemplem esses conhecimentos, sendo elas Iniciação Científica, Projeto de Vida e Cidadania e Produção e Interpretação Textual.

Já na parte da flexibilização curricular, a Bahia terá diferentes Eixos Estruturantes:

  • Investigação Científica – Investigar a realidade, compreendendo, valorizando e aplicando o conhecimento sistematizado, por meio da realização de práticas e produções científicas.
  •  Processos Criativos – Idealizar e realizar projetos criativos.
  •  Mediação e Intervenção Sociocultural – Utilizar conhecimentos para realizar projetos que contribuam com a sociedade e o meio ambiente.
  •  Empreendedorismo – Mobilizar conhecimentos de diferentes Áreas do Conhecimento para empreender projetos pessoais ou produtivos articulados ao seu projeto de vida.

A partir destes princípios, deverão ser oferecidas Unidades Curriculares Eletivas, na forma de laboratórios, observatórios, grupos de estudo, incubadoras, clubes e outros modelos que permitam o protagonismo estudantil.

O IASC já está à frente na implantação do Novo Ensino Médio . A lei determina que até 2022 os colégios se adaptem ao sistema, mas o modelo entra em vigor em 2021 na Rede Pitágoras e seus colégios parceiros como o IASC.

Jovens e escolas em sintonia 

O protagonismo dos alunos é um dos nortes das diretrizes curriculares para o N ovo Ensino Médio . Neste contexto, a inserção de aprendizagem baseada em problemas, estudos de caso e trabalho em equipe ajuda a desenvolver essa autonomia.

Apesar disso, a figura do professor é de extrema importância para a execução do projeto, já que sua função de mediação e escolha de metodologia pedagógica é essencial para o desenvolvimento dos alunos.

É importante que os estudantes baianos vivenciem nas escolas a oportunidade de mediação de conflitos e relações de poder e desenvolvam um olhar crítico perante a sociedade para que atuem sobre ela. A mudança para o Novo Ensino Médio se baseia também na necessidade de formação de cidadãos integrais, em busca da justiça e transformação social.

A arquitetura curricular também deve se basear na diversidade cultural e se enriquecer pelas dinâmicas sociais da Bahia. Os estudantes, não importa qual caminho formativo escolham, devem ter as mesmas oportunidades de aprendizado, independente de sua origem social, cor, gênero, local de moradia e estudo ou outros marcadores de diferença.

O Novo Ensino Médio , com sua proposta de flexibilização e protagonismo do aluno na escolha de interesses e no desenvolvimento de suas habilidades acadêmicas e para a vida, é uma forma de adicionar inovação e conteúdo relevante para o mundo moderno. 

A equipe educacional do IASC já passou por treinamentos e está pronta para a implementação do novo sistema. Para atender às dúvidas de pais e alunos, preparamos uma live especial sobre o Novo Ensino Médio. Não deixe de assistir!

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