É fundamental que crianças e adolescentes tenham contato desde cedo com os benefícios do esporte. Além de contribuir para o corpo, ele se torna um mecanismo pedagógico.
Nesse contexto, a educação física está cada vez mais incorporada ao processo de formação e ensino. Praticar uma modalidade esportiva contribui para que o estudante se motive e entenda que a competição faz parte de nossas vidas.
Primeiramente, é preciso diferenciar as escolinhas esportivas da educação física. É o que defende o professor Romulo Perrone Faria, que leciona a disciplina no IASC.
“A educação física tem como objetivo ensinar às crianças a linguagem corporal, a cultura da modalidade. É diferente do treinamento esportivo, as escolinhas. Elas vão atingir mais os benefícios pedagógicos e sociais do esporte”, explica o pós-graduado em educação física escolar.
Hoje, o IASC conta com uma estrutura de ponta para auxiliar os alunos neste sentido. Há uma quadra coberta e outra descoberta (ambas poliesportivas) e um campo society. Além disso, uma área comum gramada é usada, sobretudo nas práticas ligadas ao atletismo.
Dessa maneira, o professor Romulo Perrone Faria tinha como objetivo implementar um projeto pedagógico a partir das escolinhas esportivas neste ano. O planejamento, contudo, foi adiado para 2021 por causa da pandemia da COVID-19.
Segundo ele, a ideia é oferecer aulas de basquete e futsal no primeiro momento. Isso para os módulos feminino e masculino, com dois treinos por semana. Cada um deles com duração de 1h30.
As práticas serão abertas à comunidade, porém com desconto para os estudantes do IASC. “É uma forma de conhecer a escola de outra maneira. É preciso saber trabalhar em equipe, superar desafios e melhorar a capacidade física e os fundamentos do esporte específico”, afirma Romulo.
Porém, o professor esclarece que a escolinha não tem como objetivo principal o esporte de alto rendimento. Segundo o profissional, o esporte deve ser visto, nesse âmbito, como instrumento pedagógico.
“O objetivo principal é exatamente dar essa vivência de treinamento, trabalho em equipe e superação às crianças. Tornar-se um atleta profissional é mais uma consequência do aprendizado dos fundamentos e da prática”, pontua.
De acordo com ele, essas atividades extracurriculares também apresentam aos alunos uma realidade posteriormente encontrada no mercado de trabalho. “Eu sempre cito isso: por mais que você seja o melhor jogador do campeonato, se o seu time não estiver integrado, o resultado não vem. Perdeu um, perdeu todos”, diz.
Portanto, o esporte se apresenta às crianças e adolescentes como um laboratório. A partir dele, os alunos podem conhecer o que será enfrentado na rotina profissional no futuro. Os resultados alcançados pelas empresas estão diretamente ligados ao desempenho coletivo dos seus colaboradores.
Os benefícios trazidos pelas escolinhas ao projeto pedagógico não excluem a contribuição da educação física aos alunos. Para Romulo Perrone Faria, o papel da disciplina na carga-horária é criar no estudante o interesse pelo esporte.
“A Educação Física não é mais como era alguns anos atrás, quando era simplesmente esporte. Hoje em dia, ela tem outros objetivos. É ensinar a crianças os vários esportes e toda parte da cultura corporal. Por isso que a disciplina atualmente está na área de linguagens”, lembra o professor do IASC.
Dessa forma, as aulas se voltam muitas vezes às danças, às práticas corporais de aventura (atividades de equilíbrio) e a ginástica de condicionamento físico. Dessa maneira, a disciplina é muito mais ampla que o esporte por si só.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) lista hoje 47 modalidades olímpicas nos jogos de verão, como o realizado no Rio de Janeiro em 2016. Há desde esportes conhecidos entre os brasileiros, como o futebol e voleibol, até aqueles pouco praticados por aqui, como o hóquei sobre a grama.
Ainda assim, as aulas de educação física têm como função, também, apresentar aos estudantes as mais diferentes práticas esportivas.
De acordo com o professor Romulo Perrone, o IASC apresenta aos seus alunos diferentes modalidades do esporte. O objetivo é desenvolver o projeto pedagógico ao seu máximo.
Portanto, a escola já apresentou aos seus alunos, desde que o professor assumiu, esportes tradicionais, como basquete, futsal, handebol e voleibol. Mas, também, outros menos conhecidos, como o b eisebol e o slackline.
Recentemente, o IASC adquiriu os equipamentos para aulas de tiro com arco. O esporte de precisão tem como principais vantagens o fato de ser inclusivo, exercitar a paciência e a concentração e melhorar o foco.
Segundo o professor, o equipamento foi adequado para evitar acidentes. Portanto, as flechas não têm ponta, o que elimina qualquer tipo de risco.
Outros esportes trabalhados na escola são o atletismo (corrida, saltos e arremessos), a ginástica (olímpica e de condicionamento físico) e a dança (samba, forró e outras tradicionais do Brasil). O rugby também já foi lecionado.
– Futsal
– Basquete
– Voleibol
– Handebol
– Rúgbi
– Slackline
– Danças
– Ginástica olímpica
– Musculação e crossfit
– Tiro com arco
– Beisebol
– Atletismo
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), ligada ao Ministério da Educação, é o documento que normatiza a aprendizagem no Brasil.
Na área de linguagens, o documento pauta três capítulos inteiros sobre a educação física. Um deles de maneira mais geral e os outros divididos entre os anos iniciais e os anos finais do aprendizado.
A BNCC define a disciplina como “componente curricular que tematiza as práticas corporais em suas diversas formas de codificação e significação social”.
Dessa maneira, o MEC ressalta que a educação física, conforme explicado pelo professor Romulo Perrone Faria, do IASC, existe para auxiliar na participação “confiante e autoral” do estudante na sociedade.
O aspecto cultural das aulas também é ressaltado. Para o MEC, a educação física tem como função dar ao estudante uma vivência sobre o esporte. E, a partir dela, desenvolver no intelecto do aluno a contribuição da prática para o seu corpo e sua cultura.
“Esse universo compreende saberes corporais, experiências estéticas, emotivas, lúdicas e agonistas”, cita o documento.
– Compreender a origem da cultura corporal de movimento
– Planejar e empregar estratégias para resolver desafios
– Conhecer a multiplicidade de padrões de desempenho, saúde, beleza e estética corporal
– Identificar as formas de produção dos preconceitos, compreender seus efeitos e combater posicionamentos discriminatórios
– Reconhecer o acesso às práticas corporais como direito do cidadão
– Ampliar as redes de sociabilidade e a promoção da saúde
– Valorizar o trabalho coletivo e o protagonismo
– Entender as práticas corporais como elementos constitutivos da identidade cultural dos povos e grupos
– Planejar e empregar estratégias para resolver desafios
Além do já comprovado ganho pedagógico do esporte na escola, é preciso ressaltar as vantagens oferecidas por ele à saúde dos estudantes.
As crianças e adolescentes convivem frequentemente com o estresse das salas de aula. Sobretudo, aqueles que estão estudando para o Enem.
Dessa maneira, o esporte contribui para a saúde mental. Ele melhora o humor, a qualidade do sono e a concentração. Também oferece uma atividade ao ar livre, diferente da rotina habitual da carga-horária escolar.
“A educação física sempre pegou a saúde mental e física dos alunos. Quando o aluno vai para quadra, isso ajuda os meninos”, afirma o professor Romulo Perrone, do IASC.
As vantagens do esporte para a saúde física também devem ser ressaltadas. A prática contribui para o fortalecimento muscular e evita doenças cardiovasculares a longo prazo.
Também auxilia na diminuição do percentual de gordura e na nossa postura corporal. Principalmente, no caso dos estudantes, que ficam sentados por várias horas durante o dia.
Saiba mais
Confira a estrutura oferecida em nosso complexo esportivo.
Tem interesse em incluir uma escolinha de esportes na rotina do seu filho? O IASC vai oferecer, a partir de 2021, aulas de basquete e futsal no período da tarde.
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